São ventos os versos
Subversivos
Que lapido.
São versos despudorados
Como putas e mendigos.
Mentais e estereotipados.
São versos que habitam
Nos subúrbios e cubículos.
São versos que não publico,
Grito.
São versos transeuntes
No transito demente,
Na arquitetura e urbanismo
Cosmopolita.
São versos marginais
Manchados e encardidos
De vermelho sangue
Do bandido em carne viva
Refém das benevolências
Dos que são de bem.
Bendito bom é o não dito.
São versos em português errado.
Objeto dos sociolinguistas.
São sociais sociopáticos.
Saussures e patativas.
São versos pós-modernos,
Antiquados, enquadrados
Em retratos nas paredes
Demolidas.
São demônios indo à missa
No domingo
Nos bolsos dos vestidos
Das mulheres submissas.
São incertos
São insetos
Como pragas nos muros
E calçadas da cidade.
E deixando em apuros
Bons costumes e moralidade
Imoral do caifás nada
Engravatado.
(Eliano Silva)
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