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07/07/2014

Música para ouvir depois da chuva

Uma dessas canções que a gente faz em um fim de tarde úmido de chuva fraca. A letra curta e a melodia singela cantada em sussurros ao violão, reflete a calmaria do cotidiano que os poetas captam tão sensivelmente e a transformam em arte. Poeta é um tipo de alquimista que converte monotonia em poesia; meninos se banham nos pingos de chuva; senhoras espreitam das janelas; funcionários trabalham ainda; alguns, sentados na sala, assistem TV. Eu? Dedilho violões. 

 Antes que eu não possa mais cantar vou cantar
até não puder mais. 

Eu insisto em ser poeta, meu bem.
Quero escrever mais mil cadernos. 

Berrar como se deve, 
largar o que não me serve, 
morrer só se for de amores. 

O vento empurra a janela 
e a retina se adapta. 
A brisa acalma, meu bem 
a alma, acalma. 

(Eliano Silva)

04/07/2014




Não vê quando calo
disparo olhares
reparo lugares 
velejo nos mares
nos bares desejo
mais álcool e limão?
Não vê que perdido
fitando vazios 
a boca silencio
pensando confusão?
Não vê que não digo
porque é pecado
eu sou um perigo
posso querer que
venha pecar comigo?


(Eliano Silva)







Calmamente
a monotonia mata a gente.
Calma, mente!

(Eliano Silva)




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