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22/07/2013

A Revolução dos Bichos




Era impossível distinguir, quem era homem, quem era porco.

“Proletários, uni-vos”, esse era o pensamento marxista sob qual o velho Major a reuniu numa noite os demais animais da Granja Solar para uma reunião em que ele falou do seu sonho de ver os bichos vivendo de maneira igualitária e livre dos maus-tratos do homem. Segundo o velho porco, era possível libertar-se da exploração humana, bastava se organizarem em uma revolução, A Revolução dos Bichos.

Os animais daquela granja a partir de então, compartilharam do mesmo anseio e após a morte de Major, pequenos atos revoltosos, ainda tímidos, se deram frequentemente até explodir a revolução. O fazendeiro Jones e sua família foram expulsos e teoricamente os animais estavam livres para viver com dignidade.


Entretanto, os porcos, em especial dois jovens barrões, Bola-de-Neve e Napoleão, que se apresentavam como os mais inteligentes, assumiram a liderança da nova sociedade, e, reforçando a teoria de quê o poder corrompe o ser, um dos dois porcos que se mostra um tremendo mau caráter, e faz de tudo para ter o poder total e a partir de então impor aos demais animais o seu governo totalitário.



A Revolução dos Bichos foi publicada pós-guerra, em 1945, por George Orwell, pseudônimo de Eric Arthur Blair e trata-se de uma sátira que atinge em cheio o modelo soviético sob a ditadura Stalinista. É indispensável para total compreensão da obra que seja feita uma retomada histórica acerca dos fatos protagonizados por Stalin e Trotsky, que aparecem na trama nas figuras de Napoleão (Stalin) e Bola-de-Neve (Trotsky). E quaisquer semelhanças entre os acontecimentos reais dessa época e os fatos decorrentes naquela granja são pura genialidade do escritor que sem desfaçar compara porco com ditador, cachorros raivosos com soldados, granjas com nações, corvo com cristianismo e, cavalos, ovelhas, galinhas, burros com a classe proletária. 

(Eliano Silva)

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