31/03/2014
28/03/2014
23/03/2014
...
Quando fui poética
só me era estética
o que era dor.
Quando não passei de versos
diversos e prosa
fui retórica retrógrada.
Quando fui silêncio
nada me silenciou
e no branco vácuo empalidecido
fui erupção
num vulcão adormecido.
(Eliano Silva)
08/03/2014
Res(peitos)
...
...
às que apreciam Frédéric Chopin
às que dançam lepo lepo.
...
liberdade libertinagem,
pintura de guerra, maquiagem,
mini saia libertina,
donzela, masculina,
bermuda jeans,
vestido Armani.
...
seios à mostra
da puta,
da que luta,
da que transa,
da que se guarda,
da vândala, da pacífica,
da passista, da rainha
da escola de samba,
da bailarina clássica,
da que dorme em qualquer cama,
da que amamenta o filho,
da que ama.
...
às que carregam o mundo no dorso
às que beijam no ombro.
...
(Eliano Silva)
07/03/2014
SUBVERSOS
São ventos os versos
Subversivos
Que lapido.
São versos despudorados
Como putas e mendigos.
Mentais e estereotipados.
São versos que habitam
Nos subúrbios e cubículos.
São versos que não publico,
Grito.
São versos transeuntes
No transito demente,
Na arquitetura e urbanismo
Cosmopolita.
São versos marginais
Manchados e encardidos
De vermelho sangue
Do bandido em carne viva
Refém das benevolências
Dos que são de bem.
Bendito bom é o não dito.
São versos em português errado.
Objeto dos sociolinguistas.
São sociais sociopáticos.
Saussures e patativas.
São versos pós-modernos,
Antiquados, enquadrados
Em retratos nas paredes
Demolidas.
São demônios indo à missa
No domingo
Nos bolsos dos vestidos
Das mulheres submissas.
São incertos
São insetos
Como pragas nos muros
E calçadas da cidade.
E deixando em apuros
Bons costumes e moralidade
Imoral do caifás nada
Engravatado.
(Eliano Silva)
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